Este anúncio dos Estados Unidos foi feito na reta final da reunião de urgência do Conselho de Segurança, que decorreu esta segunda-feira na sede das Nações Unidas, em Nova Iorque, um dia depois de o regime norte-coreano ter anunciado a realização com sucesso do sexto teste nuclear daquele país, desta vez com uma bomba de hidrogénio.
A França e o Reino Unido, outros dos cinco membros permanentes do Conselho de Segurança (com poder de veto), são favoráveis a eventuais novas sanções. Já a posição de Pequim e de Moscovo (também membros permanentes) não é conhecida.
O Japão, membro não permanente do Conselho e um dos principais visados das manobras norte-coreanas, também é favorável ao endurecimento de sanções.
Nikki Haley não precisou os termos que serão incluídos no projeto de resolução, mas realçou a necessidade de as negociações prévias ocorrerem durante esta semana para que o texto possa ser votado na próxima segunda-feira.
No arranque da reunião de emergência, a representante de Washington junto da ONU defendeu que as Nações Unidas devem adotar as "medidas mais fortes possíveis" para punir o mais recente ensaio nuclear da Coreia do Norte.
"Chegou o momento de acabar com as meias medidas", disse a embaixadora, salientando ainda o caráter de "urgência" da situação.
E frisou que a abordagem das Nações Unidas pelo menos nas duas últimas décadas "não funcionou" para mudar a atitude norte-coreana.
Até à data, e desde que o regime de Pyongyang realizou o seu primeiro teste nuclear em 2006, ONU impôs à Coreia do Norte sete séries de sanções, que foram progressivamente mais duras e que focaram, nomeadamente, o embargo de armas, o congelamento de bens e a proibição das importações de carvão.
O Conselho de Segurança da ONU adotou sete resoluções que impuseram ou reforçaram sanções diversas contra o regime norte-coreano.
As primeiras resoluções foram votadas em 2006 e 2009, após os dois primeiros testes nucleares.
A Coreia do Norte testou no domingo a sua bomba nuclear mais potente até à data, um artefacto termonuclear que, segundo o regime de Pyongyang, pode ser instalado num míssil intercontinental.
Lusa