"Está confirmado que os anos de 2015, 2016 e 2017 (...) foram os três anos mais quentes jamais registados", anunciou hoje a Organização Meteorológica Mundial, agência especializada da ONU. "O que está claramente em linha com a tendência de aquecimento a longo prazo causado pelo aumento das concentrações de gases com efeito de estufa na atmosfera".
O fenómeno meteorológico El Niño - que aumenta a temperatura média global em todos os 3 a 7 anos - fez com que o ano de 2016 batesse o recorde - registou um aumento de 1,2ºC face à época pré-industrial.
2017 bateu o recorde de ano mais quente sem o fenómeno El Niño.
Estes novos dados mostram claramente que o mundo está a aquecer rapidamente, sublinha o professor da Universidade de Edimburgo, Dave Reay, à agência France Press.
Aquecimento global tem de ser limitado a mais 2ºC
O Acordo de Paris sobre redução de emissões de gases com efeito de estufa, alcançado em dezembro de 2015 e que entrou em vigor em 4 de novembro de 2016, estabelece compromissos da comunidade internacional para limitar o aquecimento global a um máximo de 2ºC acima dos valores médios da era pré-industrial.
A generalidade dos estudos científicos considera que se a temperatura global aumentar para valores mais de 2ºC acima dos existentes antes da revolução industrial provocará alterações climáticas severas e irreversíveis.
