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Rússia admite apoiar trégua da ONU na Síria se excluir Daesh e Al-Qaeda

O chefe da diplomacia russa, Serguei Lavrov, admitiu hoje apoiar uma resolução do Conselho de Segurança da ONU para um cessar-fogo na Síria desde que exclua os extremistas do Daesh e da Al-Qaeda.

Serguei Lavrov, chefe da diplomacia russa.
Serguei Lavrov, chefe da diplomacia russa.
Sergei Karpukhin/ Reuters

As declarações do ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia ocorrem numa altura em que, quase oito anos depois do início de uma guerra que já fez mais de 350.000 mortos, o bombardeamento intenso do último grande bastião rebelde, Ghouta Oriental, já matou pelo menos 335 civis, entre eles dezenas de crianças, e acentuou a situação desesperada dos residentes, cercados pelo exército sírio desde 2012.


Citado pelas agências russas, Lavrov propôs que uma resolução exclua o grupo extremista Estado Islâmico e a Al-Qaeda, assim como quaisquer outros "grupos que cooperem com eles e ataquem sistematicamente zonas residenciais de Damasco".


Ghouta Oriental é um distrito agrícola nos arredores da capital, com cerca de 400.000 habitantes que vivem cercados pelas forças do regime há anos.


O bombardeamento sistemático da região desde domingo foi denunciado, entre outros, pelo secretário-geral da ONU, António Guterres, e pela chanceler alemã, Angela Merkel, que pediram um cessar-fogo imediato.

Lusa