Mundo

UE e NATO apelam à Rússia que "reconheça responsabilidade" no abate do voo MH17

A UE e a NATO apelaram hoje à Rússia que "reconheça a sua responsabilidade" e colabore totalmente com a investigação do abate do voo MH17, que sobrevoava a Ucrânia em julho de 2014, matando as 298 pessoas a bordo.

UE e NATO apelam à Rússia que "reconheça responsabilidade" no abate do voo MH17
MAXIM ZMEYEV

Em comunicados separados, a chefe da diplomacia europeia, Federica Mogherini, e o secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, fazem pedido idêntico.

"Aqueles que são responsáveis devem prestar contas", sublinhou o líder da aliança Atlântica.

Míssil que abateu voo MH17 foi lançado de unidade militar russa

Os investigadores "concluíram que o míssil Bouk-Telar partiu da 53ª brigada anti-aérea com base em Kursk, na Rússia", anunciou ontem, 24 de maio, o investigador holandês Wilbert Paulissen em conferência de imprensa.

"A 53ª brigada faz parte das Forças Armadas russas", acrescentou Paulissen, da Polícia Nacional Holandesa, citado pela AFP, referindo que as conclusões foram tiradas após a análise detalhada de imagens de vídeo e fotos.

Já o procurador holandês Fred Westerbeke disse que os investigadores têm "feito grandes progressos com a identificação de cerca de 100 pessoas envolvidas no facto", mas disse também que a investigação "ainda não acabou".

Wilbert Paulissen disse que "não se pode confirmar porque o míssil foi lançado" contra o avião e também não quis dar os nomes das pessoas identificadas, mas disse que estas "serão levadas perante a justiça holandesa", que julgará o que aconteceu quando a equipa de investigadores terminar o seu trabalho.

Em setembro de 2016, os investigadores internacionais já haviam concluído que o míssil havia sido lançado da Rússia, mas não disseram quem o havia disparado.

O voo MH17 saiu de Amesterdão, na Holanda, e tinha como destino Kuala Lumpur, na Malásia, quando foi atingido por um míssil a leste da Ucrânia, a 17 de julho de 2014. Todos os 298 passageiros e tripulantes morreram no acidente.

A Rússia sempre negou o seu envolvimento no ataque ao avião.