Esta é a primeira vez que o Presidente sandinista responde à oposição, que exige a realização de eleições antecipadas para reduzir o mandato de Ortega, que termina em 2022. "A Nicarágua não é propriedade privada de ninguém", disse o Presidente aos apoiantes, concentrados em Manágua.
O Presidente sandinista é alvo desde 18 de abril de uma vaga de contestação sem precedentes. As manifestações iniciadas por estudantes alargaram-se a outros setores da população e foram duramente reprimidas pelas forças de segurança, resultando em oito mortos e centenas de feridos.
Depois do discurso de Ortega, registaram-se confrontos perto do local da concentração de apoio ao poder e onde a oposição escolheu terminar uma marcha, encabeçada por dezenas de mulheres vistas de negro e com fotos dos filhos mortos durante a repressão das manifestações antigovernamentais.
Pelo menos duas pessoas morreram e uma dezena ficou ferida nos confrontos. A polícia atribuiu o ataque contra "apoiantes do Presidente Ortega a desconhecidos".De acordo com o sub-diretor da polícia nacional, Francisco Diaz, "indíviduos encapuzados atacaram com armas de fogo" participantes na manifestação de apoio ao Governo de Ortega.
Dois membros da juventude sandinista (partido no poder) foram mortos e uma dezena de pessoas ficou ferida, indicou um responsável policial.
Lusa