A Scotland Yard anunciou, na sexta-feira, que um pequeno barco encontrado na casa de uma das vítimas contaminadas com veneno russo foi a causa do envenenamento de Dawn Sturgess, que morreu em 08 de julho passado, e de Charlie Rowley, que continua internado em estado grave.
O chefe da brigada antiterrorista da polícia britânica, Neil Basu, indicou hoje que os agentes buscam outras fontes de contaminação, assegurando, ao mesmo tempo, que "não existe nenhum risco" para o público.
"O trabalho que se está a desenvolver é tremendamente importante", assinalou Basu, acrescentando que a investigação a este caso e ao do ex-espião russo Sergei Skripal e da sua filha Yulia, vítimas de intoxicação pelo mesmo agente nervoso, em março, são "as mais complexas e difíceis" da polícia britânica.
Sturgess e Rowley sofreram uma intoxicação no passado 30 de junho, na localidade inglesa de Amesbury, e, até esta semana, a polícia não encontrou o objeto que levou à contaminação.
Na sexta-feira, a polícia disse, em comunicado, que, no passado dia 11 de julho, encontrou "uma pequena garrafa" na casa de Charlie Rowley, em Amesbury, que será sujeita a exame pericial.
"Depois da análise, ficou confirmado que a substância na garrafa é Novichok. Vão ser realizadas mais provas científicas para tratar de determinar se é do mesmo lote que contaminou Sergei e Yulia Skripal", disseram as autoridades.
As pesquisas policiais centram-se agora em determinar "de onde veio a garrafa e como chegou à casa de Charlie".
A polícia admitiu que os britânicos intoxicados tomaram contacto com uma "dose alta" do agente nervoso.
Lusa