Três dias depois de os líderes norte-americano e norte-coreano terem realizado um histórico terceiro encontro, a delegação da Coreia do Norte na ONU acusou a administraçãoTrump de, apesar de falar sobre diálogo, é cada vez "mais e mais inflexível" com "atos hostis".
Em comunicado de imprensa, a delegação acusa os EUA de exercerem pressão para que os outros países implemetem as sanções da ONU contra Pyongyang.
Os EUA e outros 23 países enviaram uma carta ao comité do Conselho de Segurança da ONU que monitoriza as sanções contra a Coreia do Norte exigindo uma ação urgente "sob o pretexto absurdo de 'excesso da quantidade de petróleo refinado importado'".
Os Estados Unidos e os outros países acusaram a República Popular Democrática da Coreia do Norte de violar as sanções da ONU ao importar muito mais do que o limite anual de 500.000 barris de produtos petrolíferos refinados, que são fundamentais para a sua economia. Mas no mês passado a Rússia e a China impediram o comité de sanções de declarar que Pyongyang violou o limite anual de importação.
A missão da Coreia do Norte na ONU disse que os Estados Unidos, a Grã-Bretanha, a França e a Alemanha enviaram uma carta conjunta a todos os Estados membros da ONU a 29 de junho "pedindo a repatriação dos trabalhadores da Coreia do Norte no estrangeiro, incitando às sanções e à pressão sobre a Coreia".
Tal revela que "os Estados Unidos estão cada vez mais empenhados nos atos hostis contra a Coreia do Norte, apesar de falarem do diálogo entre Coreia do Norte-EUA". Além disso, a carta foi enviada pela missão dos EUA "sob a instruções do Departamento de Estado no mesmo dia em que o Presidente Trump propôs o encontro durante a cimeira" do G20.
Trump e Kim Jong-un concordaram reiniciar as negociações destinadas a desnuclearizar a península coreana no encontro que os media da Coreia do Norte descreveram como "um evento incrível".
Mas não houve nada de positivo no comunicado de quarta-feira da missão da da Coreia do Norte na ONU, que não menciona as negociações nucleares, concentrando-se nas sanções.
O Conselho de Segurança da ONU impõe sanções cada vez mais duras contra a Coreia do Norte em resposta à sua bomba nuclear e testes de mísseis balísticos. As sanções destinam-se a cortar todas as exportações norte-coreanas, 90% do seu comércio, e a impedir trabalhadores norte-coreanos no estrangeiro.
Apesar dos encontros entre Trump e Kim em Singapura e Hanói, os Estados Unidos mantêm a pressão sobre os outros países para implementarem as sanções - e sobre a Coreia do Norte para cumpri-las.