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Próximo telemóvel da Huawei não vai ter aplicações da Google

Começam a surgir as primeiras consequências do conflito entre os EUA e a empresa chinesa.

Próximo telemóvel da Huawei não vai ter aplicações da Google
Aly Song

O próximo smartphone da empresa de tecnologia Huawei pode não ter acesso às aplicações mais populares do Google, como o Google Maps, o YouTube e o Gmail.

Esta é a primeira consequência da decisão de Donald Trump, Presidente dos Estados Unidos, que emitiu uma ordem executiva a proibir empresas norte-americanas de usarem equipamentos e venderam tecnologia à Huawei.

Questionado pela agência AFP, o grupo chinês garantiu que vai utilizar o Android se o Governo dos EUA permitir, caso contrário, continuará a desenvolver um sistema operativo próprio.

Em resposta è proibição dos EUA, a Huawei introduziu no início do mês passado o HarmonyOS, um sistema operativo da marca, mas que não irá integrar nos smartphones serão lançados no próximo mês.

A segunda maior fabricante do mundo deverá lançar o novo modelo, o Mate 30, a 18 de setembro, em Munique, mas ainda não foi anunciada a data de comercialização.

Algumas fontes garantem que os equipamentos vão ter a loja de aplicações "PlayStore", que permitirá aos utilizadores fazer o download de aplicações da Google. Porém, há também quem negue esta versão e aponte para a impossibilidade de aceder a qualquer tecnologia da gigante americana.

Vendas da Huawei sobem apesar da pressão dos EUA

A Huawei anunciou que as vendas no primeiro semestre do ano registaram um aumento homólogo de 23,2%, para o equivalente a 52.333 milhões de euros, apesar da ofensiva de Washington para boicotar a gigante chinesa das telecomunicações.

Nos primeiros seis meses de 2019, a Huawei vendeu 118 milhões unidades de diferentes produtos, incluindo uma subida homóloga de 24% nas vendas de telemóveis.

Trata-se de um ritmo de crescimento superior ao registado na totalidade de 2018, de 19,5%.

O presidente da Huawei, Liang Hua, admitiu, no entanto, que as vendas sofreram "algum impacto" desde que Washington impôs restrições à empresa, mas não avançou mais detalhes.

Os Estados Unidos acusam a maior fabricante mundial de equipamentos para firmas de telecomunicação e Internet de cooperarem com os serviços secretos chineses.