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Coreia do Norte inaugura cidade que considera "o expoente máximo da civilização moderna"

O líder norte-coreano Kim Jong Un inaugurou a 2 de dezembro a nova cidade de Samjiyon, projeto grandioso nos confins do país no sopé do monte Paektu, berço lendário da nação norte-coreana. Há cerca de dois meses, Kim deixou-se fotografar a cavalgar nesta Montanha Sagrada, prenúncio de um importante anúncio político, diziam na altura os analistas.

Pyongyang investiu enormes somas no projeto ainda inacabado. Segundo a propaganda, vai albergar milhares de famílias em 10 mil apartamentos, tem uma estância de ski, um estádio para vários desportos de inverno, novas linhas de caminhos de ferro e novas fábricas para embalar mirtilos e maçãs, os produtos mais importantes da zona.

"Kim Jong Un entregou-se de corpo e alma para fazer do condado de Samjiyon, local sagrado da revolução, uma utopia urbana do socialismo", indicava ontem em comunicado da agência oficial norte-coreana KCNA, citada pela agência France-Presse.

A Coreia do Norte é alvo de múltiplas sanções da comunidade internacional. É acusada por várias organizações de direitos humanos de utilizar trabalho escravo e de que parte da população é pobre e passa fome.

Segundo a organização não governamental National Committee on North Korea, muitos norte-coreanos "têm falta de comida, combustível, eletricidade, água e outras necessidades básicas".

Kim Jong Un passeia num cavalo branco na Montanha Sagrada

Há cerca de dois meses, Kim deixou-se fotografar a cavalgar nesta Montanha Sagrada, prenúncio de um importante anúncio político, diziam na altura os analistas.

Reza a lenda que foi no Monte Paetku que nasceu Kim Jong-il, pai de Kim Jong Un, tornando-se por isso num local simbólico para a identidade do país.