Com quase 300 casos de infeção confirmados, Itália é o 4º país do mundo, com o maior número de doentes com a pneumonia viral, depois da China, do Japão e da Coreia do Sul.
A maior parte dos casos italianos está concentrada no Norte do país, mas, esta terça feira, já foram anunciados dois novos contágios. Um em Florença, no centro, e outro em Palermo, na Sicília, ao sul. Os mortos eram todos pessoas com doenças crónicas ou problemas graves de saúde.
As autoridades tentam perceber como se propagou o coronavírus e acreditam que terá começado em Codogno, uma pequena localidade da província de Lodi, na Lombardia.
Mas ainda não descobriram o chamado paciente zero e, portanto, não sabem o percurso do contágio.
Para já, estão isoladas as populações de 11 municípios.
Em muitas destas vilas e aldeias, os habitantes podem circular sem restrições, dentro dos limites da localidade. Mas as ruas estão praticamente vazias.
Em várias regiões do norte de Itália, estão fechadas as escolas e universidades, proibidas as manifestações ou eventos em locais públicos, encerrados os ginásios e os estádios.
E até os casamentos e funerais têm de ser realizados em espaços fechados e, apenas, com a presença dos familiares mais próximos.
A maior parte das empresas da Lombardia e do Veneto está a pedir aos funcionários que trabalhem a partir de casa.
Os museus e monumentos também não abrirão as portas e as igrejas, apesar de estarem abertas, cancelaram as missas.
O governo italiano, com todos os ministros presentes, tem uma reunião de emergência, esta terça feira, com os responsáveis pela proteção civil e os governadores de todas as regiões do país, que participarão por vídeo conferência.
O objetivo é garantir que há uma resposta conjunta e uma estratégia nacional para o combate à propagação do coronavírus.
Sobretudo depois das trocas de acusações, nas últimas horas, entre o primeiro ministro e o chefe do executivo regional da Lombardia, com os dois lados a apontarem responsabilidades na má gestão desta crise sanitária.
Diversos países, entre os quais, o Reino Unido, a Alemanha, os Estados Unidos ou a Grécia, por exemplo, aconselham que se evitem as viagens para o norte de Itália ou que, quem de lá regressar esteja em quarentena durante 14 dias.