Um tribunal libanês emitiu esta terça-feira uma ordem de prisão contra o diretor-geral do porto de Beirute, Hassan Koraytem, após este ter sido interrogado durante quatro horas, duas semanas depois da explosão que devastou a capital do Líbano.
O juiz libanês Fadi Sawan, que tem a cargo a investigação sobre a explosão de 4 de agosto, que matou pelo menos 180 pessoas e feriu mais de 6.000, emitiu a ordem contra Koraytem, que até agora estava sob prisão domiciliária, informou a Agência Nacional de Notícias libanesa (ANN).
Koraytem e o diretor-geral das Alfândegas do Líbano, Badri Daher, foram colocados em prisão domiciliária devido à sua eventual responsabilidade na explosão de 2.750 toneladas de nitrato de amónio armazenado há seis anos no porto, sem vigilância, três dias depois da tragédia.
Esta semana está prevista a chegada à capital libanesa de uma equipa da polícia federal dos Estados Unidos, FBI, para participar na investigação do sucedido.
Diversos especialistas nacionais e estrangeiros, inclusive da ONU, pediram a abertura de uma investigação internacional.
Tragédia em Beirute. Funerais de 3 bombeiros realizam-se após duas semanas
Duas semanas depois da explosão em Beirute, ainda há funerais das vítimas mortais, como o de três bombeiros que estavam a tentar apagar o fogo que começou logo a seguir.
O Presidente do Líbano assumiu que sabia do depósito de grandes quantidades de nitrato de amónio no porto de Beirute. Surgiu também documentação que prova que o Governo libanês tinha sido alertado para o perigo.
Agora, o povo exige atribuição de responsabilidades, mas também reconstrução e ajuda.