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Golpe militar em Myanmar. Cerca de 150 pessoas detidas esta semana

Militares bloquearam a rede social Facebook.

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Em Myanmar, aumenta de tom a contestação ao golpe de Estado. Isto numa altura em que uma associação de defesa de presos políticos diz que, só nos últimos dias, foram detidas quase 150 pessoas.

Com panelas e palmas, os residentes em Rangum, a maior cidade do país, mostram estar ao lado de Aung San Suu Kyi, a líder do Governo deposto na passada segunda-feira por um golpe militar. Um protesto pacífico, tal como pedido pela Liga Nacional pela Democracia, o partido de Suu Kyi, que tem apelado à resistência.

Ao mesmo tempo, e numa atitude de desafio aos militares, vários deputados reuniram-se nas instalações onde permanecem desde o golpe militar para uma sessão parlamentar simbólica.

Desde o início da semana que os militares tomaram o poder, na antiga Birmânia, com a justificação de que houve fraude nas eleições de novembro.

Uma associação que monitoriza os presos políticos em Myanmar avança que, desde o início da semana, foram detidas 147 pessoas entre ativistas, deputados e vários elementos ligados ao Governo de Aung San Suu Kyi.

Para tentar contrariar a crescente contestação ao golpe de Estado, militares birmaneses bloquearam, entretanto, o Facebook, a rede social mais utilizada no país e através da qual se têm organizado vários movimentos.