A maior operação israelita em Gaza, desde o início da escalada da guerra, consistiu em 50 rondas de bombardeamentos por terra e ar em 40 minutos, disse esta sexta-feira o exército.
Um porta-voz militar disse que Israel utilizou esta manhã 160 aviões, artilharia e infantaria durante o ataque ao enclave palestiniano. Ao mesmo tempo, as milícias palestinianas dispararam 50 foguetes contra Israel durante a madrugada.
Número de mortos continua a subir
A escalada de violência já resultou na morte, desde segunda-feira, de pelo menos 103 palestinianos, incluindo 27 crianças, e sete israelitas. Há ainda registo de pelo menos 530 pessoas feridas em Gaza. Números que não contabilizam as possíveis baixas desta mais recente ofensiva.
Numa aparente referência à operação, o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, escreveu no Twitter que a última palavra ainda não foi dita e que esta operação vai continuar enquanto for necessário.

O conflito israelo-palestiniano já dura há quatro dias e tem-se assistido a sucessivas escaladas de violência, com o disparo de centenas de foguetes por parte do Hamas e a resposta de Israel com fortes bombardeamentos aéreos.
"É a situação mais grave e arriscada desde a guerra de 2014"
A escalada do conflito israelo-palestino está já a ser considerada, a nível internacional, a situação mais grave e arriscada desde, pelo menos, a guerra de 2014.
Numa análise aos últimos avanços do exército israelita, o comentador da SIC Germano Almeida admitiu que há risco de haver uma nova guerra, uma vez que o primeiro-ministro de Israel já admitiu que Hamas irá pagar pelos ataques.

A nível internacional começam a fazer-se movimentações em relação à escalada da violência. Joe Biden, Presidente norte-americano, já falou com o primeiro-ministro israelita, mas ainda não avançou qual será a posição dos Estados Unidos. Entretanto, foi enviada uma equipa de 120 especialistas dos EUA para Israel.
Também a ONU marcou um conselho de segurança extraordinário de urgência para discutir a situação.