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O cenário em Ceuta: mulheres com filhos nas ruas e crianças em armazém abandonado

Milhares saíram de Marrocos para fugir à miséria.

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Dos oito mil migrantes que esta terça-feira arriscaram a vida para chegar a Espanha, dois mil são crianças. Apenas os menores que chegaram sozinhos vão ter algum tipo de resposta em Ceuta, os restantes serão deportados.

O elevado fluxo migratório fez colapsar as redes de apoio. Um armazém abandonado deu lugar a um abrigo para menores, mas ainda há mulheres com filhos nas ruas.

O vice-presidente da Comissão Europeia, Margaritis Schinas, disse esta quarta-feira que o problema migratório entre Espanha e Marrocos é uma "questão da Europa" e que o bloco europeu não se deixa intimidar por Rabat.

"Ceuta é Europa, essa fronteira é uma fronteira europeia e o que se passa não é um problema de Madrid, é um problema de todos" os europeus, disse Schinas à Rádio Nacional de Espanha (RNE).

"Ninguém pode intimidar ou chantagear a União Europeia", disse ainda Schinas recordando que nos "últimos 15 meses verificaram-se várias tentativas de países terceiros (...) que instrumentalizaram" a questão migratória.

"Não podemos tolerar isto", disse Schinas, expressando-se em espanhol, e mencionando diretamente a Turquia.