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Pai de jornalista bielorrusso afirma que o filho foi torturado e obrigado a gravar o vídeo

A líder da oposição bielorrussa também não acredita na autenticidade do discurso.

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Quem conhece Roman Protasevich, detido no domingo pelas autoridades bielorrussas, diz que o jornalista foi torturado e coagido a gravar uma declaração. Teme-se pela vida do jovem de 26 anos.

Passadas 24 horas da detenção, as redes que têm tornado o jornalista tão procurado pelas autoridades bielorrussas publicaram este vídeo.

Mas quem o conhece bem – o pai – diz que o filho foi torturado e forçado a gravar a declaração. Também a líder da oposição bielorrussa, em exílio na Lituânia não ficou convencida pelo vídeo.

O primeiro ministro britânico, Boris Johnson, escreveu no Twitter que o visionamento do vídeo de Roman Protasevich é profundamente perturbador.

A namorada do jornalista Protasevich está também num centro de detenção. Sofia Sapepa, de 23 anos, foi também detida a bordo do avião da Ryanair. Com nacionalidade russa, a jovem tem à espera as autoridades do gigante vizinho e apoiante do regime da Bielorrússia, vista como a última ditadura na Europa.

Nos últimos nove meses terão sido detidos 35 mil bielorrussos que se opõem ao presidente Alexandr Lukashenko, no poder há quase 27 anos. O clima de repressão aumentou após as eleições que não foram validadas internacionalmente.