O Conselho de Segurança da ONU realiza hoje uma reunião informal de emergência à porta fechada sobre a Bielorrússia, acusada de desviar um avião europeu para deter um opositor do regime que seguia a bordo.
Esta sessão, que deverá decorrer em formato de videoconferência, foi solicitada por França, Irlanda e Estónia.
Estes dois últimos países são atualmente membros não permanentes do Conselho de Segurança, enquanto a França é um dos cinco membros permanentes.
Os outros são Estados Unidos, China, Rússia e Reino Unido.
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Bielorrússia. NATO pede libertação de jornalista Roman Protasevich
Os diplomatas consideraram improvável que o Conselho de Segurança da ONU consiga chegar a um acordo nesta reunião para emitir uma declaração conjunta, já que a Rússia apoia firmemente a atuação da Bielorrússia face ao desvio de um avião.
As autoridades bielorrussas detiveram no domingo o jornalista Roman Protasevich, depois de o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, ter ordenado que o voo da companhia aérea Ryanair, que fazia a rota de Atenas para Vílnius, capital da Lituânia, fosse desviado para o aeroporto de Minsk.
Roman Protasevich, de 26 anos, é o ex-chefe de redação do influente canal Nexta, que se tornou a principal fonte de informação nas primeiras semanas de protestos antigovernamentais após as eleições presidenciais de agosto de 2020.
Augusto Santos Silva fala em "ato desesperado" com justificações "implausíveis" e "ridículas"
O ministro dos Negócios Estrangeiros português defende que o desvio do voo da Ryanair é "um ato absolutamente desesperado" da Bielorrússia, no "limite do que é imaginável", e as justificações de Minsk são "tão implausíveis que são até ridículas".