A oposição bielorrussa no exílio diz que o desvio do avião com o jornalista antirregime a bordo é uma vingança pessoal do Presidente Lukashenko. Os pais de Roman Protasevich repetem o apelo à comunidade internacional para que ajude a libertar o filho.
Vitold Ashurok estava a cumprir uma pena de cinco anos numa prisão bielorrussa, segundo a autoridades, por atividades ilegais e agressão a um agente da polícia. O ativista apareceu morto na colónia penal de Shklow, com ferimentos graves na cara e sem causa de morte oficial.
As imagens do funeral foram transmitidas pela televisão Belsat, que emite via satélite a partir da Polónia, onde os pais de Roman Protasevich mantém os apelos à comunidade internacional e onde permanece o outro fundador do Nexta, o canal na internet de oposição ao regime.
Outros países de exilio são a Letónia e a Lituânia, onde Protasevich e a namorada, agora detidos, viviam desde 2019. A líder da oposição pede à União Europeia que mantenha abertas as fronteiras terrestres com a Bielorríssia para evitar que o país se transforme - segundo palavras da própria - uma prisão para nove milhões de pessoas.
Voos comerciais com destino a Moscovo estão a ser anulados porque as autoridades russas recusam-se a alterar as rotas para deixarem de sobrevoar o espaço aéreo da Bielorrússia, como pedido pela União Europeia.
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