Um dia depois de Roman Protasevich, esta quarta-feira foi a vez da televisão estatal da Bielorrússia exibir um vídeo da namorada do jornalista, também detida e sujeita a acusações graves por parte das autoridades de Minsk.
Depois do vídeo com uma suposta confissão do jornalista antirregime detido pelas autoridades, foi a vez da companheira, a russa Sofia Sapega de 23 anos, também exilada e detida gravar um vídeo sob custodia.
A viverem na vizinha Polónia, os pais de Roman Protasevich temem que as marcas analisadas no vídeo do jornalista publicado na véspera denunciem práticas de tortura por parte das autoridades bielorrussas.
Além do risco da violência, Protasevich e Sapega podem arriscam uma pena de 15 anos de prisão.
Ouvida por videochamada no Parlamento Europeu, a líder da oposição no exílio diz que estão a ser preparadas grandes protestos dentro e fora da Bielorrússia contra o regime de Lukashenko, que diz, que governa um estado comparável à Coreia do Norte em plena europa.
O presidente do país, Alexander Lukashenko, afirmou que o desvio do avião para a Bielorrússia não foi para prender os opositores ao regime, mas para evitar uma catástrofe semelhante à de Chernobyl.
Numa sessão perante parlamentares e altos cargos transmitida pela televisão da Bielorrússia, o Presidente defendeu que agiu na legalidade, depois de receber uma ameaça de bomba no avião da Ryanair, supostamente colocada pelo Hamas.
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