O ator norte-americano Bill Cosby foi, em 2018, condenado a uma pena de prisão por agressão sexual. Três anos depois, o Supremo Tribunal da Pensilvânia anula a decisão, como conta a BBC, ordenando a sua imediata libertação.
Apesar de já ter sido acusado por algumas mulheres de abuso sexual, só foi julgado pelo caso de Andrea Constand. Depois de a antiga basquetebolista ter revelado que Cosby lhe deu comprimidos que a deixaram "paralisada" e incapaz de parar a agressão, ficou provado que a drogou e abusou. O ator norte-americano foi considerado culpado de três crimes de agressão sexual e posteriormente condenado entre três a 10 anos de prisão.
A condenação, em 2018, foi vista como um momento marcante para o movimento #MeToo. Mas agora a mais alta instância da Pensilvânia vem anulá-la.
O Supremo Tribunal entendeu que houve uma violação do processo, porque Cosby fez um acordo com um antigo procurador, que impedia que o ator respondesse pelos crimes pelos quais foi condenado, explica a BBC.
Na decisão, os juízes também consideraram que o depoimento de algumas testemunhas não relacionadas diretamente com o caso enviesaram o julgamento, apesar de a instância inferior entender que o testemunho dessas mulheres estabelecia um padrão de comportamento.
Bill Cosby cumpriu dois anos da pena a que foi condenado, mas a decisão agora conhecida abre o caminho para a liberdade.
"As condenações de Cosby e o julgamento são vagos, e por isso está dispensado”, informou o tribunal.