Líderes europeus "fizeram declarações graves e antidemocráticas em relação à lei de defesa de menores, que cruzaram a linha vermelha", indica a resolução, assinada pelo primeiro-ministro húngaro, o ultranacionalista Viktor Orban.
O documento, divulgado na véspera do tema ser tratado no Parlamento Europeu, repete as justificações de que a lei procura defender os menores e reforça o direito dos pais a escolher a educação dos seus filhos.
A polémica lei foi redigida contra a pedofilia, mas antes da votação foram acrescentadas disposições relativas à homossexualidade, segundo a agência noticiosa espanhola EFE.
Dezassete membros da União Europeia, incluindo a Alemanha, França, Itália e Espanha, escreveram uma carta a Orban criticando a lei, que qualificam de discriminatória, e o primeiro-ministro holandês, Mark Rutte, desafiou Budapeste a abandonar o bloco europeu por não respeitar os valores da UE.
Na resolução o governo húngaro reitera que as críticas "recordam as atitudes colonialistas" e refletem uma atitude de superioridade.
"O nosso país deve defender-se utilizando todos os instrumentos legais europeus disponíveis", refere o documento.
O executivo de Budapeste indicou ter autorizado a ministra da Justiça, Judit Varga, a dar a conhecer "o conteúdo desta decisão aos atores políticos da União Europeia".
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