O Presidente afegão diz que compreende a situação mas não deixa de apontar o dedo aos norte-americanos. Depois de 20 anos, a saída da coligação liderada pelos Estados Unidos é uma preocupação, uma vez que os radicais islâmicos começam a ganhar mais terreno no país.
Nos primeiros seis meses do ano, o número de mortes no conflito entre as forças governamentais e os talibãs aumentou 47% face ao mesmo período de 2020. Quando questionado pelos jornalistas se esta é a melhor altura para sair, o porta-voz do governo norte-americano garante que o assunto não foi esquecido.
Até que tais conversas aconteçam a ofensiva dos talibãs já conquistou várias áreas rurais e continua a avançar para a porta das três maiores cidades do país. Com a escalada de violência e as negociações de paz estagnadas, o maior receio é que o país entre numa guerra civil que pode fazer regressar os talibãs ao poder.
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