No Afeganistão, os combates entre as forças governamentais e os talibã intensificam-se e há três províncias debaixo de fogo.
Esta segunda-feira o Presidente afegão, Ashraf Ghani, apresentou no Parlamento um plano de segurança para travar a ofensiva talibã, criticando a retirada, a que chamou abrupta, das forças lideradas pelos Estados Unidos.
O plano, de que ainda não se conhecem detalhes, teve o apoio das duas câmaras do Parlamento. Os deputados declararam apoiar os direitos humanos, os direitos das mulheres e a liberdade de expresão, que os talibã combatem. Em resposta, o grupo radical islâmico difundiu ameaças contra a vida do Presidente afegão.
Com a guerra a alastrar no país, os Estados Unidos continuam a afirmar-se comprometidos com a retirada de milhares de afegãos, que colaboraram com as forças estrangeiras no país, sobretudo tradutores, que têm agora a cabeça a prémio.
Só nos primeiros seis meses do anos já foram mortas mais de 1.600 pessoas no Afeganistão e mais de 3.200 ficaram feridas. De acordo com as Nações Unidas representa um aumento de 47% em relação ao mesmo período do ano anterior.
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