A justiça russa abriu uma investigação criminal a dois dos mais influentes aliados de Alexei Navalny. O político opositor de Vladimir Putin foi condenado a dois anos de prisão em março deste ano. Quatro meses depois, o movimento que lidera foi ilegalizado.
A pouco mais de um mês das eleições parlamentares, o Kremlin mostra-se cada vez mais blindado contra qualquer voz dissonante, sobretudo se estiver ligada a Alexei Navalny. A sombra do político condenado em março e ainda detido continua a revelar-se incómoda para o Governo.
Em junho, o movimento que liderada foi ilegalizado por ser considerado uma organização terrorista. Há menos de uma semana, o irmão de Alexei Navalny foi condenado a um ano de prisão com pena suspensa por ter organizado manifestações.
Esta terça-feira, dois dos principais aliados do opositor souberam formalmente que vão ser alvo de uma investigação criminal por recolha de fundos para a organização, que foi entretanto ilegalizada.
Lyubov Sobol é uma das pessoas visadas: a advogada tornou-se, nos últimos anos, uma das mais influentes e conhecidas aliadas de Navalny e uma das poucas figuras da oposição que permaneciam na Rússia. Acabou por deixar Moscovo e partiu para o exílio este sábado, uma decisão tomada depois de saber que estaria sujeita a restrições equivalentes às da liberdade condicional.
► Veja mais:
- Justiça russa abre novo processo crime contra dois opositores ao regime colaboradores de Alexei Navalny
- Justiça russa condena familiar de Navalny por organizar manifestações
- Polícia russa fez rusga à sede de campanha do aliado de Navalny
- Rússia. Comissão de Proteção de Dados acusa município de Lisboa de violar regulamento geral
- Biden avisa que se Navalny morrer as consequências serão "devastadoras" para a Rússia
- Biden refere "tom positivo" de encontro com Putin e alerta contra interferências
- Ativista russo pede "investigação séria" e fala em medo de outros cidadãos
- Navalny está "em muito melhores condições", afirma aliado
- Ativista russo: "Não sei se Portugal pode proteger-nos"