O possível colapso da Evergrande, a segunda maior empresa imobiliária da China, está a preocupar os mercados financeiros e as autoridades financeiras do mundo inteiro.
Os analistas não esperam uma crise idêntica à que foi causada pela falência do Lehman Brothers em 2007. Mas ainda nada se sabe sobre o que fará o Governo chinês para a salvar.
45 segundos bastaram para reduzir a pó mais de uma dezena de arranha céus desabitados desde que foram construídos, há mais de uma década.
As imagens gravadas em agosto no sudoeste da China antecipavam a queda iminente do gigante.
A fúria da construção imobiliária, num pais que tem crescido a um ritmo exponencial e o fácil acesso ao financiamento, encheram a China de cidades fantasma. Estima-se que haja 65 milhões de casas vazias. Davam para a população inteira de países como a França, a Alemanha ou a Itália.
Foi acumulando prejuízos e uma divida que se tornou astronómica 260 mil milhões de euros, mais do que toda riqueza produzida em Portugal.
Nos mercados financeiros, há muito que a Evergrande está sinalizada como um grande problema. Só este ano as ações já tinham caído mais de 80%, mas no início desta semana temeu-se que a empresa entrasse em incumprimento.
A Evergrande emprega mais de 200 mil pessoas.