Uma antiga funcionária que revelou dados internos do Facebook saiu do anonimato, numa entrevista ao programa 60 minutos da CBN. Frances Haugen acusou a empresa de mentir em relação ao controlo dos conteúdos de ódio, violência e desinformação na rede social.
A polémica começou a 14 de setembro, quando uma fonte anónima revelou documentos internos do Facebook, que foram publicados pelo The Wall Street Journal.
De acordo com o artigo, o Instagram afeta de forma negativa os adolescentes criando-lhes problemas relacionados com a imagem, o que está diretamente relacionado com um aumento de casos de depressão.
A fonte, que até domingo era anónima, decidiu agora dar a cara no programa 60 minutos do canal americano CBN. Chama-se Frances Haugen, tem 37 anos e é especialista em Ciência de Dados.
A antiga funcionária da empresa - que copiou centenas de milhares de páginas da pesquisa interna do Facebook - garante que a raiz do problema é a alteração ao algoritmo feita em 2018. O mecanismo que decide o que cada utilizador vê.
Haugen acusa também a empresa de não estar disposta a tomar as medidas necessárias para resolver os problemas, apesar de ter todas as ferramentas.
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A ex-funcionária recolheu informação e partilhou-a com o jornal e com as autoridades norte-americanas antes de deixar a empresa no passado mês de maio.