Aumentou a atividade sísmica nas ilhas Canárias e piorou a qualidade do ar devido à erupção do vulcão Cumbre Viejo, e depois do aeroporto de La Palma, na manhã desta sexta-feira foi encerrada a pista da vizinha ilha de Tenerife.
Ao fim de vinte noites, agravou-se ainda mais a erupção do Cumbre Vieja.
Dezenas de sismos foram registados na ilha de La Palma.
À luz do dia, deu-se a confirmação da abertura de um segundo fluxo de lava que, em direção ao mar, cobriu e destruiu já 50 hectares de bananeiras - a principal riqueza agrícola da ilha.
A coluna de gases expelida pelo vulcão atinge agora mais de 3 mil metros de altitude e afeta a qualidade do ar em todo o arquipélago das Canárias.
As poeiras e as cinzas vulcânicas, que fecharam já o aeroporto de La Palma, cobrem as ilhas vizinhas e encerraram esta sexta-feira a pista do norte de Tenerife.
Nas imediações do vulcão, estão destruídas as salinas de Fuencaliente, as mais conhecidas salinas da ilha.
"Há algumas semanas começaram a cair cinzas vulcânicas aqui, o que interrompeu a produção. Deveríamos estar em fase de produção até final de outubro, início de novembro, mas com as cinzas tivemos que interromper a nossa atividade, o que significa que a nossa produção será de 30% este ano. Estas salinas produzem cerca de 600 toneladas e perderemos entre 150 a 200 toneladas", diz Andrés Hernandez, das salinas de Fuencaliente.
Em erupção desde 19 de setembro, o vulcão de Cumbre Vieja já cobriu de lava mais de 430 hectares da ilha, destruiu mais de mil casas e provocou seis mil desalojados em La Palma.