O aeroporto de La Palma continua encerrado mas o do norte da ilha de Tenerife já reabriu, depois de ter estado fechado durante horas, por causa da nuvem vulcânica que os ventos arrastaram sobre o Oceano Atlântico.
Na manhã deste sábado, foram destruídos mais 4 edifícios, numa zona industrial que, desde quinta-feira passada, passou a estar numa das novas rotas da lava do vulcão de La Palma. Juntam-se aos mais de 1.200 outros que se perderam por causa da erupção, que dura há três semanas.
Durante a madrugada, as câmaras que monitorizam constantemente a serra, mostraram vários raios sobre as bocas do vulcão. Não se tratou de uma verdadeira trovoada, mas sim de potentes descargas elétricas provocadas pela colisão entre as partículas de cinza suspensas no ar.
O vulcão do Cumbre Vieja já destruiu mais de 480 hectares de terrenos, dezenas de ruas e estradas, um centro de saúde e escolas e jardins de infância. A lava sepultou 775 casas com um valor total, estimado, de mais de 150 milhões de euros.
Muitos proprietários, sobretudo os que tinham as habitações mais pequenas, não tinham seguro e ficam, assim, dependentes das ajudas estatais já prometidas pelo Governo de Madrid.
Mas, um estudo, elaborado por peritos, diz que a este ritmo, e com a facilidade com que a lava vai abrindo novos caminhos, estão em risco, pelo menos, mais 600 habitações.
Se juntarmos tudo o que já foi destruído, entre infraestruturas e terrenos agrícolas, os custos ultrapassam os 400 milhões de euros.