O Dia Mundial da Alimentação celebra-se este sábado. No mundo, estima-se que mais de 800 milhões de pessoas sofram de fome crónica. Marcelo Rebelo de Sousa lembra o caminho que ainda há a fazer para erradicar a fome em Portugal, e alerta para as dificuldades que podem surgir com as alterações climáticas.
Só em Portugal, estima-se que existam dois milhões de pobres, muitos a passar fome ou com carência alimentar. No dia mundial da alimentação, o Presidente da República quer que todos se lembrem do caminho que já foi feito – com a intervenção de vários setores da sociedade –, mas sobretudo do que ainda é preciso fazer.
O número, ainda elevado, de pessoas que não consegue ter acesso a comida é um problema. A ONU estima que, no mundo, haja 811 milhões de pessoas a sofrer de fome crónica – o que representa quase 10% da população mundial. Este valor não contempla as pessoas que passaram a não ter o que comer desde o início da pandemia.
Por outro lado, estima-se que dois mil milhões de pessoas, incluindo crianças, estejam acima do peso ou sofram de obesidade.
Numa conferência internacional, os líderes das Nações Unidas concordaram que as alterações climáticas vão dificultar a erradicação da fome. Dizem que é urgente combater o desperdício alimentar.
No mesmo mundo onde há mais de 800 milhões de pessoas em fome crónica, todos os anos são desperdiçados 630 milhões de toneladas de comida.
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