A Autoridade Turca da Aviação Civil decidiu aceder ao pedido europeu e os cidadãos da Síria, Iémen e Iraque deixam de estar autorizados a embarcar no voos da Belavia, a companhia nacional de aviação da Bielorrússia.
A decisão surge depois da União Europeia (UE) acusar a Turquia de ser cúmplice do Governo da Bielorrússia, ao permitir o embarque aéreo de migrantes estacionados em território da turco.
A UE já agradeceu à Turquia pela decisão e defende que o Presidente da Bielorrússia, Alexander Lukashenko, está a utilizar cidadãos vindos de países em conflito ou crise para pressionarem a fronteira bielorrussa com os países europeus, num ataque híbrido que também envolve a ameaça de cortar o gás russo.
A situação no terreno, particularmente na fronteira com a Polónia, é cada vez mais explosiva.
A polícia polaca acusa o exército bielorrusso de empurrar grupos de migrantes, sobretudo mulheres e crianças, contra a fronteira polaca. Junto à fronteira da Lituânia e da Estónia, adultos e crianças encontram-se em campos improvisados com temperaturas noturnas abaixo dos zero graus.
VEJA TAMBÉM:
- Bielorrússia ameaça cortar o gás natural que vai para a Europa
- Merkel pede a Putin para falar com Lukashenko sobre crise migratória
- "Este é um ataque híbrido de regime autoritário"
- Conselho de Segurança da ONU reúne-se de urgência para debater crise polaco-bielorrussa
- "Bielorrússia é agência de viagens: acolhe, encaminha e ganha dinheiro com isso"