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Europa: número de migrantes aumentou para 281 milhões no ano passado

A crise na fronteira leste da União Europeia, onde desde o verão estão concentrados milhares de migrantes e refugiados, é uma das principais preocupações.

Europa: número de migrantes aumentou para 281 milhões no ano passado
Europa Press News

No Dia Internacional dos Migrantes, que se assinala este sábado, a Organização Internacional das Migrações (OIM) revela que o número de migrantes internacionais aumentou para 281 milhões no ano passado, e em 2021 essa tendência manteve-se.

Os principais focos de migração na Europa localizam-se no sul de Espanha, a partir de Ceuta, e no Canal da Mancha.

Um grupo de migrantes sobe a bordo de uma embarcação insuflável na costa norte de França para atravessar o Canal da Mancha em direção ao Reino Unido.
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O número de migrantes internacionais registou uma subida de 3,6% em 2020, para 281 milhões, apesar de a pandemia ter levado ao fecho de muitas fronteiras e mantido milhões de pessoas em casa.

Além de se registar um aumento, que se manteve durante este ano, os focos de migração também apresentaram algumas novidades, nomeadamente na Europa.

Este ano, uma das grandes preocupações foi a crise instalada na fronteira leste da União Europeia (UE), mais concretamente na Polónia e na Lituânia, onde, desde o verão, se concentraram milhares de migrantes e refugiados.

Em maio, uma outra crise migratória afetou o sul da Europa, mais concretamente Espanha, quando cerca de seis mil migrantes, incluindo 1.500 menores, entraram no enclave espanhol de Ceuta, e as chegadas continuaram a acontecer.

Outra das crises que a Europa enfrenta acontece no Canal da Mancha, que separa França do Reino Unido. Este ano, segundo o Governo britânico, o número de migrantes que atravessaram o Canal da Mancha para entrar, ilegalmente, no Reino Unido foi três vezes superior ao registado no ano passado, ultrapassando as 25 mil pessoas.

Este recorde desencadeou uma crise entre os dois países e levou o Governo britânico a preparar uma lei que visa criminalizar, a partir de 2022, as entradas ilegais no país.

Além destas crises mais mediatizadas, a UE enfrentou outras passagens ilegais nas suas fronteiras externas, tendo Bruxelas contabilizado, entre janeiro e outubro, um aumento de quase 70% face a 2020, para 160 mil.

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