O primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, anunciou, este sábado, que vai alargar a vacinação contra a covid-19 a maiores de 15 anos e permitir doses de reforço às pessoas com mais de 60 anos em risco.
"A vacinação para menores de 15 a 18 anos começará em 3 de janeiro de 2022", disse Modi, num discurso televisionado, acrescentando que os cidadãos com mais de 60 anos que sofrem de comorbidades poderão optar por uma dose de reforço contra a covid-19 a partir de janeiro, por causa dos riscos apresentados pela variante Ómicron.
"Tendo em conta a gravidade da covid-19, hoje, mais de 1.410 milhões de doses foram administradas na Índia e mais de 90% da população adulta foi vacinada com a primeira dose. Em muitos países, o número de infeções está a aumentar por causa da nova variante do coronavírus. Peço a todos que fiquem calmos e vigilantes", concluiu o chefe de Governo.
A Índia já vacinou totalmente mais de 60% da população adulta, cerca de 576 milhões de pessoas, de acordo com os últimos dados do Ministério da Saúde.
De acordo com dados oficiais, a Índia registou 7.189 infeções com o novo coronavírus e 387 mortes, nas últimas 24 horas, elevando o número total de casos desde o início da pandemia para 34,7 milhões e o número total de mortes para 479.530.
Estes números contrastam com os registados em maio passado, quando a Índia se tornou o epicentro global da pandemia e registou mais de 400 mil infeções e quatro mil mortes por dia - uma crise que obrigou as autoridades a suspender as exportações de vacinas, para dar resposta à procura interna.
Mas a expansão da variante Ómicron - com 415 infeções confirmadas em todo o país desde o primeiro caso detetado em 02 de dezembro - tem causado forte preocupação entre autoridades e especialistas.
Na quinta-feira, o Governo indiano pediu que os estados ficassem vigilantes e não "baixassem a guarda" na luta contra a pandemia, recomendando o recolher obrigatório à noite e confinamentos locais para conter a propagação de infeções.
A covid-19 provocou mais de 5,38 milhões de mortes em todo o mundo desde o início da pandemia, segundo o mais recente balanço da agência France-Presse.
A doença respiratória é provocada pelo coronavírus SARS-CoV-2, detetado no final de 2019 em Wuhan, cidade do centro da China, e atualmente com variantes identificadas em vários países.
Uma nova variante, a Ómicron, classificada como preocupante pela Organização Mundial da Saúde (OMS), foi detetada na África Austral, mas desde que as autoridades sanitárias sul-africanas deram o alerta, a 24 de novembro, foram notificadas infeções em pelo menos 89 países de todos os continentes, incluindo Portugal.