Mais de 12 incêndios em simultâneo, 2.600 chamadas a pedir ajuda, casas e viaturas ameaçadas, estradas cortadas, dezenas de desalojados e outros tantos hectares queimados. Este foi o cenário que os bombeiros britânicos enfrentaram esta terça-feira, naquele que foi o dia mais quente de sempre no país, com os termómetros a chegarem aos 40,2ºC.
Um balanço ainda provisório dá conta de que 60 habitações foram destruídas pelas chamas, 41 das quais só em Londres, 14 em Norfolk e cinco em Lincolnshire.
Mas nem tudo são más notícias. A onda de calor, que antes passou por Portugal, está a despedir-se do Reino Unido. O alerta vermelho (e inédito) emitido pelas autoridades britânicas na passada sexta-feira (15 de julho) já não está em vigor e não há quaisquer recomendações para que sejam evitados os transportes públicos ou qualquer tipo de atividade, à exceção do uso de fogo.
Também os termómetros baixaram esta quarta-feira cerca de dez graus e em algumas localidades até choveu. Londres que ontem chegou aos 40ºC está hoje com temperaturas mais amenas (26ºC).
O pior parece ter passado, mas a verdade é que os danos provocados pelas chamas são consideráveis. O Corpo de Bombeiros de Londres declarou a situação vivida esta terça-feira como um "grande incidente", ou seja, uma situação em que está a registar uma série de casos graves em simultâneo. No total, chegaram a cerca de 12 os incêndios ao mesmo tempo e no pico da onda de calor.
Desde a II Guerra Mundial que os bombeiros de Londres não tinham tanto trabalho num só dia, disse o autarca da cidade, Sadiq Khan.
Ao todo, 105 carros de bombeiros e centenas de bombeiros foram mobilizados durante a tarde de ontem, dia 19 de julho, para combater chamas em diferentes locais da capital britânica.
Hoje o dia está muito mais tranquilo mas, por precaução, os bombeiros vão permanecer nos locais.
