O Governo está a preparar uma contraproposta para apresentar no conselho extraordinário de energia em Bruxelas, depois da proposta de corte do consumo de gás em 15% até março do ano que vem. No entanto, a Comissão Europeia considera que a falta de interconexões não impede que Portugal partilhe gás com o resto da Europa.
A Comissão Europeia reconhece o problema da falta de interconexões, mas considera que isso não impede a partilha de gás de Portugal e Espanha com outros países em caso de situação de alerta, que ponha em causa a segurança energética do Mercado Interno.
A solução para Bruxelas é simples: desviar os navios e entregas de Gás Natural Liquefeito de Sines para outros portos europeus.
O Governo discorda da proposta de reduzir 15% do consumo de gás de agosto a março do próximo ano e já prepara uma contraproposta para apresentar no conselho extraordinário de energia, agendado para a próxima terça-feira.
Nem a exceção incluída no regulamento, que prevê um corte menor, de 5%, para os países do bloco com fracas interligações
convence o Governo português, que nega que esteja em causa a solidariedade.
A proposta não só conta com a oposição de Portugal e Espanha como é rejeitada também por outros mais a leste, como a Polónia e Grécia, que consideram os cortes elevados ou desajustados.