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Cabul: ativistas inauguram biblioteca, um oásis para as mulheres afegãs

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O regime talibã regressou o poder há um ano, assim como os velhos costumes: entre várias violações dos direitos humanos, as afegãs voltaram a estar privadas do acesso ao ensino.

Um grupo de ativistas afegãs que lutam contra as restrições do regime talibã abriram uma biblioteca em Cabul, capital do Afeganistão. Este é um oásis para as mulheres e jovens afegãs, agora impedidas de frequentar a escola. Com a chegada ao poder há uma ano, os talibãs voltaram a impor regras que violam os direitos humanos, em especial os direitos das mulheres.

As mulheres só estão autorizadas a sair de casa com os maridos e de cara coberta. Nos centros urbanos, as ativistas recusam aceitar as restrições e lutam como podem contra o regime.

"Ao abrir esta biblioteca, queremos mostrar a resistência civil das mulheres contra grupos que são contra as mulheres, contra a presença das mulheres e contra as atividades a que as mulheres têm direito, visto que fecham as escolas e colocam restrições às estudantes. Estão a ignorar uma geração, mas deveriam saber que as mulhres afegãs agora têm formação e são capazes de decidir sobre o seu papel na sociedade", explica Laila Baseem, uma das fundadoras da biblioteca.

O novo espaço tem disponíveis mais de 1.000 títulos, incluindo romances, banda desenhada, livros sobre política e ciência. A maior parte foi doada à Crystal Bayat Foundation, organização de defesa dos direitos das mulheres no Afeganistão e que ajudou a fundar a biblioteca.

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