O ex-Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, foi esta segunda-feira internado no Hospital Celebration Health, em Orlando, no estado norte-americano da Florida.
A notícia foi avançada pelo jornal O Globo, que refere que o ex-chefe de Estado “alega estar com fortes dores abdominais”. Segundo o correspondente da SIC no Brasil, Luiz André Ferreira, o episódio terá acontecido no condomínio onde Bolsonaro está a viver e terão sido amigos a transportá-lo para o hospital.
Entretanto, Michelle Bolsonaro, mulher do ex-Presidente do Brasil, confirmou no Instagram que Jair Bolsonaro está hospitalizado com “desconforto abdominal".
“Estamos em oração pela saúde dele e pelo Brasil. Deus nos abençoe", acrescenta.
Vítima de um esfaqueamento em 2018, Bolsonaro foi desde então, em diferentes ocasiões, hospitalizado devido a dores abdominais. A mais recente ocorreu em novembro.
Esta nova hospitalização acontece no dia seguinte a apoiantes do ex-Presidente terem invadido e vandalizado o Supremo Tribunal Federal, o Congresso e o Palácio do Planalto. A invasão começou depois de militantes da extrema-direita brasileira terem convocado um protesto para a Esplanada dos Ministérios, em Brasília.
Nessa noite, Bolsonaro reagiu através das redes sociais à invasão destas instituições. Seis horas após o ataque, demarcou-se do mesmo e disse apenas que as “manifestações pacíficas fazem parte da democracia”.
Recorde-se que Jair Bolsonaro está nos Estados Unidos desde o final de 2022, não tendo participado na tomada de posse de Lula da Silva. Ainda de acordo com o correspondente SIC, há já cinco congressistas norte-americanos a pedir a extradição de Bolsonaro na sequência do ataque.
A invasão em Brasília
Apoiantes de Bolsonaro invadiram e vandalizaram no domingo as sedes dos três poderes em Brasília, o que suscitou a condenação da comunidade internacional.
A Polícia Militar conseguiu recuperar o controlo dos edifícios, numa operação de que resultou centenas de detidos.
Entretanto, o juiz do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes afastou o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, por 90 dias, considerando que tanto o governador como o ex-secretário de Segurança e antigo ministro da Justiça de Bolsonaro Anderson Torres terão atuado com negligência e omissão.
Durante a invasão ao palácio presidencial, os apoiantes de Jair Bolsonaro roubaram armas de fogo, segundo avançaram um ministro e um deputado.