A justiça brasileira aperta o cerco ao ex-Presidente brasileiro, Jair Bolsonaro, cujo envolvimento nos ataques em Brasília está a ser investigado. Bolsonaro pode vir perder os seus direitos políticos e tornar-se inelegível.
O Tribunal Superior Eleitoral deu três dias para que o ex-chefe de Estado dê explicações sobre um documento encontrado durante uma operação na casa do ex-ministro da Justiça, preso no último fim de semana.
O depoimento de Anderson Torres, braço direito de Bolsonaro, pode esclarecer se o ex-Presidente brasileiro participou na elaboração de um decreto redigido após as eleições, cujo conteúdo é uma tentativa de golpe institucional.
O pedido de explicação para Bolsonaro passou a fazer parte de um processo que trata do possível abuso de poder político de Bolsonaro durante a campanha eleitoral.
O processo teve origem quando Jair Bolsonaro, então Presidente do Brasil, convocou dezenas de embaixadores, em julho do ano passado, para levantar suspeitas sobre o sistema eleitoral brasileiro sem apresentar provas.
O Ministério Público acredita que Bolsonaro atuou como autor moral dos atos terroristas em Brasília.
Aliados históricos de Bolsonaro, como o presidente da Câmara de Deputados, dão sinais de que querem desvinculação política.
Atualmente há 16 ações contra Bolsonaro no Tribunal Supeior Eleitoral e a oposição já articula para que o ex-Presidente se torne inelegível nos próximos 8 anos.
Bolsonaro foi incluído pelo Supremo Tribunal Federal na lista das pessoas sob investigação pelos violentos acontecimentos de 8 de Janeiro, como autor intelectual e instigador dos ataques feito por extremistas aos três poderes, em Brasília.