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Antigos governantes dos EUA têm que verificar se possuem documentos confidenciais

De acordo com duas fontes, citadas pela AP, os arquivos enviaram uma carta a representantes de ex-presidentes e vice-presidentes que remontam a Ronald Reagan, para garantir a conformidade com a lei.

Antigos governantes dos EUA têm que verificar se possuem documentos confidenciais
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O Arquivo Nacional pediu a antigos presidentes e vice-presidentes dos Estados Unidos que verifiquem novamente se possuem documentos confidenciais nos seus registos pessoais, como aconteceu com Joe Biden e Mike Pence, noticiou esta quinta-feira a agência Associated Press (AP).

A Lei de Registos Presidenciais estabelece que qualquer registos criado ou recebido pelo Presidente são propriedade do governo dos EUA e serão geridos pelos arquivos no final de mandato.

Os arquivos enviaram cartas a representantes dos ex-presidentes Donald Trump, Barack Obama, George W. Bush, Bill Clinton, George H.W. Bush e Ronald Reagan, e os ex-vice-presidentes Mike Pence, Joe Biden, Dick Cheney, Al Gore e Dan Quayle.

O envio desta solicitação a antigos governantes tinha sido noticiado pela estação CNN. Porta-vozes dos ex-presidentes Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton e dos ex-vice-presidentes Mike Pence, Dick Cheney, Al Gore e Dan Quayle não responderam imediatamente aos pedidos de comentários, referiu a AP.

Os advogados do atual Presidente, Joe Biden, encontraram documentos confidenciais da época em que era vice-presidente (2009-2017) e senador (1973-2009) na sua residência privada e num escritório.

O antigo chefe de Estado, Donald Trump, quando saiu da Casa Branca levou consigo caixas inteiras de documentos, embora uma lei datada de 1978 obrigue qualquer Presidente a entregar ao Arquivo Nacional todos os seus documentos de trabalho, em que se incluem cartas e mensagens de correio eletrónico.

Documentos marcados como confidenciais foram descobertos na semana passada na residência privada do ex-vice-presidente norte-americano Mike Pence (2017-2021) no estado do Indiana, revelou esta terça-feira o seu advogado.

A gestão de documentos confidenciais tem sido um problema intermitente há décadas, quer com presidentes, quer com membros do governo e funcionários de várias administrações, que remonta a Jimmy Carter.

A questão ganhou maior importância desde que Trump reteve intencionalmente material classificado na sua propriedade na Florida. O procurador-geral Merrick Garland nomeou um advogado especial para investigar o tratamento dos documentos por Trump e também por Biden.