Um homem armado invadiu e matou esta sexta-feira uma pessoa na embaixada do Azerbaijão em Teerão. Armado com uma espingarda tipo Kalashnikov, feriu ainda outras duas pessoas antes de ser detido.
A vítima mortal é o chefe de segurança da missão diplomática e os feridos são dois seguranças da embaixada, informaram as autoridades iranianas.
O chefe da polícia de Teerão, general Hossein Rahimi, atribuiu o ataque a "problemas pessoais e familiares". No entanto, o incidente ocorreu após meses de tensão entre os dois países vizinhos.
Em resultado deste ataque, o Ministério dos Negócios Estrangeiros do Azerbaijão anunciou a evacuação da embaixada em Teerão.
"Estão previstas medidas adequadas para retirar os funcionários da embaixada do Azerbaijão e os seus familiares", informaram.
As reações ao ataque
O Presidente do Azerbaijão, Ilham Aliyev, qualificou o ataque como um ato terrorista e exigiu a punição do autor.
"Um ataque terrorista contra missões diplomáticas é inaceitável", disse Aliyev.
O porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros iraniano, Nasser Kanaani, também condenou o ataque e disse que as autoridades de Teerão ordenaram que o incidente fosse investigado com "alta prioridade e sensibilidade".
Momentos de tensão
O Irão, onde vivem milhões de azeris, há muito que acusa o seu vizinho Irão de fomentar o sentimento separatista no seu território.
As relações entre Baku e Teerão têm sido tradicionalmente delicadas, uma vez que o Azerbaijão de língua turca é um aliado próximo da Turquia, um rival histórico do Irão.
Teerão também receia que o território do Azerbaijão possa ser utilizado para uma possível ofensiva contra o Irão por Israel, o principal fornecedor de armas de Baku.
O Irão iniciou em outubro um exercício militar perto da fronteira do Azerbaijão.