Centenas de milhares de israelitas liberais estão a protestar contra a reforma judicial do governo de direita dirigido por Binyamin Netanyahu. Nos três meses consecutivos de manifestações em Telavive, Jerusalém e em 200 pontos do país, destacam-se as mulheres de vermelho.
Vestidas como os personagens da "História de uma Serva", de Margaret Atwood, Ravid, de 43 anos, é uma das mais ativas. É divorciada, mãe de 2 filhos e defende, em entrevista à SIC, que “a democracia não é só dar poder ao povo. É proteger aqueles que não têm poder”.
Todas as quintas feiras durante todo o dia, e nos sábados à noite, Ravid manifesta-se com as Servas de Israel em pontes, avenidas, e no centro de Telavive. Segundo ela, grande parte dos manifestantes que desfilam nas ruas durante mais de 3 meses fazem-no a pensar nos seus filhos.
As mulheres e os homens que apoiam este movimento feminista temem seriamente que os direitos conquistados pelas mulheres em Israel, o país mais liberal de Médio Oriente sejam destruídos.
No entanto, prometem que se a reforma judicial do governo for aprovada, milhares de mulheres continuarão a lutar, estando dispostas até mesmo a irem para a cadeia.
Os manifestantes sentem-se fortes e querem parar imediatamente a legislação e começar um debate público.
"Temos que ganhar, não temos o privilégio de render-nos", diz uma manifestante à SIC.