As autoridades ucranianas acusaram esta terça-feira as tropas russas de fazerem explodir a barragem da central hidroelétrica de Kakhovka e pediram aos residentes nas zonas junto ao rio Dnipro, no sul da Ucrânia, que abandonem as habitações.
“Nova Kakhovka é uma barragem muito importante em Kherson e a destruição coloca em causa o abastecimento de água à Crimeia e coloca, mais uma vez, uma ameaça séria à central nuclear de Zaporijia, põe milhares de pessoas ao longo do Rio Dnipro em perigo”.
O Presidente Zelensky acusa “os terroristas russos” e, caso tenham sido os russos, “mostra que a Rússia está de facto nervosa”.
Kiev garante avanços em Bakhmut
Ontem, a Ucrânia avançou em Bakhmut. Foi o próprio Prigozhin do Grupo Wagner que confirmou que as forças ucranianas recuperaram o controlo nessa região. Ainda assim, a Ucrânia não confirma que está em marcha a contraofensiva - que “parece evidente mas tem de facto diferentes contornos, a Ucrânia está a atacar de diferentes maneiras”.
“No ano passado a Ucrânia insinuou que ia atacar em Kherson e depois fez uma grande contraofensiva no verão em Kharkiv. Desta vez, parece que a tática e a grande surpresa estão a ser as incursões surpreendentes em solo russo, que mostram as fragilidades das defesas russas para obrigar os russos a divergir as suas defesas para aí, e perante isso, a Ucrânia está a ter aqui uma oportunidade, sobretudo a sul, em Zaporíjia e Kherson”.
Papa envia cardeal a Kiev para tentar mediar paz
O cardeal italiano Matteo Zuppi está esta terça-feira em Kiev, na condição de enviado do Papa Francisco, para uma missão de mediação de paz na Ucrânia seguindo depois para Moscovo.
“Quando o Vaticano e o Papa Francisco mantêm um plano de paz que não está ainda elencado, que não é muito claro a dizer que é a Rússia que tem o ónus de parar a guerra, que quase coloca em plano equivalente agressor e agredido na responsabilidade da paz, ainda é muito pouco”.