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Donald Trump formalmente acusado no caso dos documentos desviados da Casa Branca

Donald Trump, que é o favorito para a indicação presidencial republicana de 2024, disse que foi convocado para comparecer num tribunal federal em Miami na próxima semana.

Donald Trump formalmente acusado no caso dos documentos desviados da Casa Branca
BRIAN SNYDER

Donald Trump, ex-Presidente dos EUA, revelou nesta quinta-feira ter sido formalmente acusado no âmbito do caso do desvio de documentos classificados da Casa Branca. Numa publicação na rede social Truth Social, o republicano acrescenta que foi intimado a apresentar-se num tribunal federal em Miami, na Florida, na próxima terça-feira.

"A administração corrupta de Biden informou os meus advogados de que fui indiciado, aparentemente por causa do embuste das caixas, apesar de Biden ter 1.850 caixas na Universidade de Delaware", defende Trump.

O New York Times informa que o Departamento da Justiça norte-americano deu um passo importante após uma longa investigação sobre o manuseio de documentos confidenciais.

Porém, ainda não se conhecem imediatamente as acusações específicas que o antigo Presidente da República enfrenta.

Esta acusação, que surge numa altura em que Trump procura recuperar a Casa Branca, ocorre no âmbito do caso dos arquivos da Casa Branca, no qual é acusado de ter levado caixas inteiras de documentos, alguns deles confidenciais, quando deixou a Presidência norte-americana, após ter perdido as eleições para Joe Biden.

Ao sair da Casa Branca, depois de derrotado por Joe Biden, nas eleições presidenciais de 2020, para se instalar na sua luxuosa residência Mar-a-Lago, no Estado da Florida, Trump levou consigo caixas cheias de documentos.

Contudo, uma lei de 1978 obriga todos os Presidentes a entregar a totalidade das suas mensagens de correio eletrónico, cartas e outros documentos de trabalho aos Arquivos Nacionais.

Uma outra lei, sobre espionagem, interdita de forma geral a posse de documentos classificados confidenciais em locais não autorizados nem seguros.

Em janeiro de 2022, Trump entregou 15 caixas. Depois de ver o seu conteúdo, a polícia federal (FBI, na sigla em Inglês) estimou que ele conservava provavelmente outras tantas.