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Entrevista SIC Notícias

Submarino desaparecido: as quatro hipóteses que estão em cima da mesa

O comandante da Esquadrilha de Superfície da Marinha, Baptista Pereira, explica os possíveis cenários para o desaparecimento do submarino Titan.

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Um submarino da empresa OceanGate Expeditions continua desaparecido desde domingo, apesar dos esforços das autoridades. O comandante da Esquadrilha de Superfície da Marinha, Baptista Pereira, descreve a comunicação do submarino e coloca hipóteses que poderão explicar o que terá acontecido ao Titan.

Sistema de comunicação

Vamos começar pelo sistema de comunicação do submarino. Recorde-se que os alarmes soaram quando o submarino perdeu a comunicação com a superfície a meio da manhã de domingo.

“Aos 3.000 metros tudo levava a crer que a situação estava normal”, adianta o comandante Baptista Pereira.

O comandante esclarece que não é uma “situação extraordinariamente anormal” a comunicação ter sido interrompida.

Os submarinos integram um sistema de comunicação digital e acústica, o que é “muitíssimo mais falível” quando comparado com a comunicação presente nos telemóveis.

Ora, entrando agora emergindo para especulações, o protocolo dita que quando um piloto perde comunicação com a superfície, “normalmente aborta a viagem” e retorna à superfície por uma questão de segurança. Porém, se o piloto estiver “muito confortável” com aquilo que está a fazer, poderá arriscar, prosseguindo a viagem às profundidades do oceano.

Hipóteses em cima da mesa

  • O submarino pode ter tido um “pequeno evento técnico” e ter vindo para a superfície sem conseguir comunicar. Deste modo, estaria à superfície desde o final do dia de domingo, mas longe da zona dos destroços do Titanic, indica o comandante da Esquadrilha de Superfície da Marinha.
  • O submarino poderá ter tido uma “avaria catastrófica”, como o casco ter implodido, o que, a 3.000 metros de profundidade, significa a perda da plataforma e em última instância a perda da vida dos passageiros a bordo.
  • O submarino poderá ainda ter ficado com uma “avaria e estar ainda assente no fundo com todos vivos”.
  • O submarino pode ter-se aproximado excessivamente dos destroços do Titanic e ter ficado lá preso.