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Cidades franceses preparam-se para mais uma noite de confrontos

França prepara-se para a 5.ª noite consecutiva de confrontos, em Marselha parece que os manifestantes não querem dar qualquer tipo de trégua. Governo reforçou a carga policial para ver se consegue controlar os manifestantes.

Polícia francês
Polícia francês
YVES HERMAN
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A onda de violência em França está a aumentar, o Governo reforçou as forças de intervenção policial e os seus meios nas ruas, mas o correspondente da SIC em Paris, Guilherme Monteiro, detalha mais uma noite, que se prevê difícil em algumas cidades francesas, nomeadamente Marselha.

Na segunda maior cidade francesa parece que os manifestantes não querem dar qualquer tipo de trégua, os confrontos subiram de tom depois de um manifestante ter sido detido.

"Nos últimos minutos, há registo de uma forte carga policial e de gás lacrimogéneo para tentar controlar os manifestantes", conta o correspondente da SIC.

Continua a mobilização de 45.000 polícias e guardas nacionais

"Colocámos muitos recursos em Lion e Marselha sem deixar o resto desprotegido", assinalou o ministro durante a visita a uma esquadra da polícia em Dreux.

O Governo optou por não declarar o estado de emergência nas localidades mais afetadas pelos distúrbios urbanos, mas está de novo previsto o envio de veículos blindados, helicópteros e do Grupo de Intervenção da Guarda Nacional (GIGN), em resposta aos pedidos dos responsáveis das duas cidades.

De acordo com os números oficiais, 79 polícias ficaram feridos nos confrontos.

4.º dia com mais de 1300 detenções

França viveu mais uma noite de confrontos, o Ministério do Interior anunciou mais de 1300 detenções. Durante a noite houve registo de 1350 veículos incendiados, edifícios danificados e mais de 2500 fogos na via pública.

O Governo de Emmanuel Macron suspendeu os transportes públicos a partir das 21:00, proibiu concentrações e mobilizou 45.000 polícias, na última noite.

Para as ruas foram também veículos blindados ligeiros para tentar reduzir a tensão em relação à noite anterior, em que quase 500 edifícios foram alvo de ataques.

Tumultos começaram depois de um jovem de 17 anos ter sido morto a tiro pela polícia numa operação STOP, sendo o principal motivo dos protestos que têm acontecido.