Qualquer país gosta de receber visitantes, mais não seja para que os seus negócios prosperem mais do que aconteceria apenas com locais. No entanto, existe um limite de visitantes que se consegue suportar, segundo conta a Times Out. Por isso, existem regiões que pedem para que não os visitem, pois estão a rebentar pelas costuras.
O turismo voltou e voltou em peso, após a pandemia. Todas as vagas ou férias foram oportunidades para sair do sítio em que cada um esteve preso durante tanto tempo. No entanto, isto não é benéfico para todos os países, muito menos aqueles que já não têm capacidade para receber mais pessoas do que aquelas que todos os dias chegam
Estes destinos são os que não o vão receber com agrado:
Amesterdão
A reputação da cidade dos Países Baixos é conhecida pelo mundo inteiro, o que acaba por corroborar o mau comportamento e se torne a capital do “tudo é possível”. Vista como um escape das regras e da mundanidade dos sítios onde vivem, os turistas aproveitam para fazer tudo em Amesterdão e, por isso, tornou-se bastante popular e preenchida.
Tendo isso em conta, a cidade lançou uma campanha dirigida ao tipo de turistas que esperam receber e não aqueles que têm causado ruído e confusão nas artérias da cidade.
Lanzarote
Situada nas Ilhas Canárias, este tem sido o sítio de eleição para turistas britânicos, nomeadamente para apanhar sol e beber álcool.
No entanto, com as enchentes perturbadoras a ficarem cada vez mais regulares, a Presidente Dolores Corujo já mencionou que tem intenções que o sítio seja frequentado por clientes de outra “gama” ou categoria.
Bali
Tal como Lanzarote, Bali, na Indonésia, está recheada de paisagens e vistas que atraem qualquer pessoa do mundo. No entanto, o local tem ficado conhecido pelos excessos e comportamentos pouco ordeiros dos seus turistas, algo que também preocupa o governo local e incomoda quem lá vive.
Por isto, o governo da Indonésia debate sobre a aplicação de uma taxa turística, onde preferem ter turistas de maior “qualidade” do que turistas em maior quantidade.
Veneza
A cidade italiana banhada por rio é dos sítios mais “icónicos” a nível europeu, sendo dos mais requisitados e visitados por gente de todo o mundo, pela sua peculiaridade, em que as ruas não têm estradas mas… água.
A “cidade que flutua” está a sufocar de turistas e, por isso, também vão adotar uma taxa turística prevista para entrar em vigor em 2024.
Barcelona
É outra cidade europeia bastante conhecida e popular, não só pela sua arquitetura peculiar, mas também pela sua diversidade de opções. Sol, praia, jardins e tapas fazem com que milhões queiram conhecer a cidade ou permanecer durante uns dias para relaxar.
No entanto, esta atratividade tem os seus pontos negativos, como acontece em Lisboa, e, por isso, em 2022 várias medidas foram adotadas, como restrições ao barulho.
Santorini
A fama da Grécia é incomparável. A sua história, o seu ar pitoresco, a gastronomia e os filmes venderam Santorini como romântico, inesquecível, onde qualquer casal quer passar férias e jantar com o pôr do sol a banhar o oceano.
No entanto, o que parece, muitas vezes não é e a ilha já não é discreta, secreta, nem sossegada, o que acaba por ser, também, uma má experiência para os próprios turistas.
Por isso, a partir de 2019 a ilha começou a limitar o número de passageiros que poderiam atracar (oito mil) e turistas com mais de 100 quilos estão proibidos de andar de burro.
Tailândia
O sudeste asiático tem sido, já há alguns anos, sinónimo de “mochilão” de jovens que tiram um ano para viajar. Em 2017, o turismo em massa começou a incomodar o governo e foram tomadas algumas medidas.
Em primeiro lugar, os barcos foram banidos de Maya Bay, um local de beleza popular nas ilhas Phi Phi, num esforço para preservar a natureza. Da mesma forma, o país também começa a querer visitantes de “maior categoria”. Em 2022, 11,5 milhões de pessoas visitaram a Tailândia.