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"Quando pegamos nos restos mortais, eles desfazem-se": número de vítimas aumenta no Havai

Decorre uma investigação à forma como as autoridades geriram a crise dos incêndios no Havai. As próprias autoridades admitem que ninguém tem ainda uma ideia da dimensão da tragédia que se abateu sobre a ilha de Maui.

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À medida que as buscas prosseguem no Havai, o balanço das vítimas dos incêndios aumenta. São agora 93 mortos confirmados, de acordo com o último balanço, mas é um processo demorado e teme-se que o número suba exponencialmente.

O faro, treinado ao longo de anos, deteta o que o olho humano não consegue distinguir por entre cinzas e entulho. O processo de reconhecimento passa pelo ADN. Apenas duas das vítimas foram até agora identificadas.

"Quando pegamos nos restos mortais, eles desfazem-se", refere um polícia.

O tempo corre contra as equipas forenses. O cenário assemelha-se ao de um bombardeamento e o choque tolda a mente de quem regressa.

A polícia apela a moradores e curiosos que não dificultem a recuperação dos restos mortais das vítimas que foram rodeadas pelas chamas.

Muitos foram apanhados pelas chamas quando tentavam fugir de Lahaina. Nem todos sucumbiram ao fogo.

Com vento forte, ondulação, fumo intenso, um recife intransponível. A Guarda Costeira resgatou apenas 17 sobreviventes do mar.

As falhas sucederam-se. Nos alertas que não chegaram. Nas sirenes que não soaram. No socorro imediato.

Decorre uma investigação à forma como as autoridades geriram a crise. As próprias autoridades admitem que ninguém tem ainda uma ideia da dimensão da tragédia que se abateu sobre a ilha de Maui.