Vinte e quatro horas depois de o exército do Azerbaijão ter lançado uma ofensiva em Nagorno-Karabakh, as forças de origem arménia concordaram com os termos de um cessar-fogo proposto pela Rússia.
Uma das principais exigências que os separatistas de Karabakh aceitaram é uma proposta para o seu desarmamento já esta quarta-feira, avança a AFP.
Cerca de 120 mil pessoas de etnia arménia vivem no enclave do Sul do Cáucaso, um território separatista do Azerbaijão de maioria arménia mas reconhecido internacionalmente como parte do Azerbaijão.
Há três anos, o Azerbaijão reconquistou áreas dentro e à volta de Karabakh e na terça-feira exigiu a rendição total dos separatistas.
Acordo mediado pela Rússia
O acordo foi mediado pelas forças de manutenção da paz da Rússia em Nagorno-Karabakh, disse o Centro de Informação de Nagorno-Karabakh num comunicado citado pela agência espanhola EFE.
“Graças à mediação do comando do contingente russo de manutenção da paz destacado em Nagorno-Karabakh, foi alcançado um acordo sobre o fim das hostilidades a partir das 13:00 [locais, 10:00 em Lisboa] de 20 de setembro de 2023”.
Os separatistas acrescentaram que as primeiras conversações sobre a reintegração do território no Azerbaijão ocorrerão na quinta-feira, na cidade azeri de Yevlakh.
Azerbaijão confirma trégua
O Ministério da Defesa do Azerbaijão confirmou que as forças de Karabakh seriam desarmadas e que a trégua entrou em vigor às 09:00 GMT.
“As unidades militares da Arménia no distrito de Karabakh, no Azerbaijão, e os grupos armados arménios ilegais vão depor as armas, abandonar as suas posições e são completamente desarmados”, disse o Ministério, citando as condições do acordo.
Segundo Baku, as forças armadas arménias terão de abandonar Nagorno-Karabakh e as forças separatistas “são dissolvidas”, enquanto “todas as armas e equipamento pesado” serão entregues.
A presidência do Azerbaijão confirmou que as negociações teriam lugar na quinta-feira na cidade azeri de Yevlakh.
Com agências Reuters, AFP e Lusa
