Mundo

Reunião dos ministros europeus reforça necessidade de apoio à Ucrânia

O ministro português dos Negócios Estrangeiros diz que as eleições na Eslováquia não quebram a unidade. O alto representante da UE para a Política Externa pressiona a aprovação de verbas para a Ucrânia.

O ministro ucraniano de Exteriores, Dmytro Kuleba, à esquerda, e o Alto Representante de Assuntos Exteriores, Josep Borrell.
Loading...

Desta vez foram os 27 ministros dos negócios estrangeiros que se reuniram de forma inédita em Kiev, numa viagem simbólica a um país em guerra. Um encontro que serviu para tomar decisões e para manter vivos quer o compromisso de apoio até à vitória, quer a promessa de que a adesão irá acontecer um dia.

“O futuro da Ucrânia reside na União Europeia, na nossa comunidade de liberdade, e em breve estender-se-á de Lisboa a Luhansk”, afirma a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock.

Um encontro no rescaldo das eleições na Eslováquia, em que o ex-primeiro-ministro Robert Fico ganhou com uma campanha pró-russa e promessas de não enviar mais armas para Kiev.

Roberto Fico ainda tem de formar Governo, mas a expectativa é que não atrapalhe os planos de apoio a Kiev nem ponha em causa a unidade a 27

"A União Europeia tem uma posição muito clara, muito forte. Não acredito que as eleições na Eslováquia mudem aquilo que é a posição da União Europeia", defende o ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho.

Está ainda por aprovar a proposta de um fundo de apoio a Kiev de 20 mil milhões, o que equivale a cinco mil milhões por ano durante os próximos quatro anos.

Joseph Borrell afirmou ainda que “esta é uma crise existencial”,

"E é por isso que temos de continuar a apoiar a Ucrânia e a falar com os nossos amigos e aliados americanos para que mantenham também o apoio", acrescentou.