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Ataque do Hamas a Israel: as reações internacionais

Israel decretou, este sábado, estado de alerta de guerra, depois de ter sido alvo de um ataque do Hamas, que diz ter disparado cinco mil rockets. O Hamas anunciou uma nova operação militar contra Israel, "Operação Tempestade Al-Aqsa".

Ataque do Hamas a Israel: as reações internacionais
MOHAMMED SALEM

São já várias as reações da comunidade internacional aos ataques deste sábado do Hamas contra Israel. O chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell, condenou "veemente" a "violência horrível", à semelhança dos Governos na Alemanha, França e Itália. Portugal, além de condenar “firmemente” os ataques, considera que Israel tem o direito de se defender. O Hamas anunciou uma nova operação militar contra Israel, "Operação Tempestade Al-Aqsa". Israel já decretou estado de alerta.

União Europeia

A União Europeia condena os ataques do Hamas e expressa a sua "solidariedade para com Israel".

"Acompanhamos com angústia as notícias sobre Israel e condenamos inequivocamente os ataques do Hamas. Esta violência horrível tem de cessar imediatamente", refere o chefe da diplomacia europeia, Josep Borrell.

Numa publicação no X, antigo Twitter, Josep Borrell sublinha que o terrorismo e a violência não são solução.

Portugal

O ministro dos Negócios Estrangeiros, João Gomes Cravinho, condena firmemente o ataque que o grupo islâmico Hamas.

"Condenamos firmemente os ataques terroristas lançados contra civis pelo Hamas hoje. Israel tem o direito de se defender", escreve o chefe da diplomacia portuguesa numa publicação na rede social X (antigo Twitter).

João Gomes Cravinho considera que estes ataques "nada resolverão", contribuindo "apenas para piorar a situação na região".

Marisa Matias defende que “parar a guerra implica pôr fim ao apartheid

A eurodeputada do Bloco de Esquerda, Marisa Matias, defendeu que parar a guerra de Israel implica acabar com a ocupação do território palestiniano, sublinhando que as vítimas são a consequência dessa ocupação.

"As vítimas inocentes dos dois lados são o efeito da ocupação. Parar a guerra implica pôr fim ao `apartheid´ e à ocupação ilegal da Palestina por Israel", escreveu a eurodeputada na sua conta na rede social X (ex-Twitter).

Marisa Matias referiu, também, que "aos palestianos devemos o respeito do direito à autodeterminação como na Ucrânia ou em Timor, ou não haverá solução para a paz”.

CDS-PP classifica o ataque a Israel como"brutal e desumano"

Em comunicado, o partido centrista manifestou a sua solidariedade com o povo israelita e lamentou a perda de vidas humanas, considerando que se tratou de "um ato deliberado e cobarde" do Hamas.

"O CDS-PP reafirma o indiscutível direito de Israel se defender por todos os meios considerados proporcionais e necessários", lê-se no texto.

Os centristas apelaram ainda à condenação do terrorismo pela comunidade internacional e ao restabelecimento da paz.

ONU

ONU condenou o ataque contra Israel exortando todos a "afastarem-se do abismo" para o qual o conflito caminha.

"Condeno veementemente o ataque multifacetado a cidades e aldeias israelitas perto da Faixa de Gaza e o lançamento de foguetes pelas milícias do Hamas contra o centro de Israel", afirmou Tor Wennesland, citado pela Europa Press.

O responsável declarou-se alarmado com a extrema gravidade da situação global e deixou um pedido: "Estamos num precipício perigoso e apelo a todos para que se afastem do abismo".

Segundo aquele responsável, "estes acontecimentos resultaram em cenas horríveis de violência e em muitos mortos e feridos israelitas, muitos dos quais terão sido raptados dentro da Faixa de Gaza".

“Estes são ataques atrozes contra civis e devem cessar imediatamente”.

"Estou profundamente preocupado com o bem-estar de todos os civis e estou em contacto com todas as partes envolvidas para apelar à máxima contenção e apelar a todas as partes para que protejam os civis", acrescentou Wennesland.

Alemanha

A Alemanha condena "veementemente", numa publicação no X, antigo Twitter, os ataques terroristas vindos de Gaza contra Israel".

Segundo a ministra dos Negócios Estrangeiros alemã, Annalena Baerbock, Israel tem toda a sua solidariedade e "o direito, garantido pelo direito internacional, de se defender contra o terrorismo".

França e Itália

França também condenou com os ataques terroristas contra Israel.

Já Itália diz que Israel tem o direito de se defender do "ataque brutal" que está a ocorrer.

Em comunicado, o Governo italiano condena com veemência "o terror e a violência em curso contra civis inocentes".

"O terror nunca prevalecerá. Apoiamos o direito de Israel de se defender", afirma.

Zelensky defende direito à autodefesa israelita

O presidente ucraniano condenou o ataque de milícias palestinianas lideradas pelo Hamas contra Israel, defendendo o direito “inquestionável” dos israelitas a defenderem-se.

Zelensky deixou uma nota de condolências na rede social X (antigo twitter), em que pede que “tenhamos fé em que a ordem seja restaurada e os terroristas derrotados”.

"O terrorismo não deve ter lugar no mundo", continuou, "porque é sempre um crime, não apenas contra um país específico, mas contra toda a humanidade".

O presidente ucraniano apelou ainda a todos os cidadãos ucranianos em Israel para que "obedeçam às ordens das autoridades locais" e recordou que tanto o Ministério dos Negócios Estrangeiros ucraniano como a Embaixada da Ucrânia em Israel "estão prontos para ajudar em qualquer situação" através de um centro de emergência criado para o efeito.

Índia

O primeiro-ministro indiano, Narendra Modi, disse que a Índia está "solidária com Israel", após a ofensiva do Hamas contra o país.

"Profundamente chocado com os relatos do ataque terrorista em Israel", escreveu Modi na rede social X (antigo Twitter).


NATO

A NATO condenou "veementemente" os "ataques terroristas" do Hamas contra cidades israelitas e salientou que Israel "tem o direito de se defender", noticiou a AFP.

"Condenamos veementemente os ataques terroristas de hoje do Hamas contra Israel, parceiro da NATO. Os nossos pensamentos estão com as vítimas e com todas as pessoas afetadas. O terrorismo é uma ameaça fundamental para as sociedades livres e Israel tem o direito de se defender", afirmou o porta-voz da Nato, Dylan White, na rede social X (antigo Twitter), citado pela agência de notícias francesa.

"Operação Tempestade Al-Aqsa"

Israel decretou, este sábado, estado de alerta de guerra, depois de ter sido alvo de um ataque do Hamas, que diz ter disparado cinco mil rockets. O Hamas anunciou uma nova operação militar contra Israel, "Operação Tempestade Al-Aqsa".

Segundo as autoridades israelitas, um número desconhecido de terroristas da Faixa de Gaza infiltrou-se em território israelita.

Sirenes de alerta soam este sábado em várias cidades do país.

Com Lusa.