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"A varanda ficou destruída", diz um sobrevivente da guerra

O primeiro-ministro de Israel garante que a resposta ao ataque do Hamas vai mudar o Médio Oriente.

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Nesta segunda-feira foi registada, uma vez mais, bombardeamentos intensos, foi imposto um cerco total à Faixa de Gaza e travadas batalhas para controlar as povoações fronteiriças.

Pelo terceiro dia, o sul de Israel foi alvo dos foguetes e drones do Hamas. Com a cidade praticamente evacuada, os que ficaram tiveram que procurar refúgio rapidamente.

Também em Jerusalém, soaram de novo as sirenes de alerta. As explosões de projéteis lançados desde a Faixa de Gaza, provocaram pelo menos dez feridos, dizem as autoridades.

Bombardeamentos intensivos

Há três dias que a Força Aérea e a artilharia israelitas bombardeiam intensamente o enclave palestiniano à beira do Mediterrâneo.

Esta segunda-feira, foi declarado um cerco total ao território. Inclui o corte de energia, de água e abastecimentos alimentares.

Os porta-vozes militares admitem que ainda haja combatentes islamitas infiltrados em território israelita, mas garantem que controlam já as povoações.

“Pouco depois de termos entrado no abrigo, ouvimos explosões, ouvimos bombardeamentos, toda a casa estava a estremecer. Não nos aconteceu nada, mas a varanda dicou destruída”, contou um sobrevivente.

Ao longo de toda a fronteira de Gaza, há sinais da maior mobilização militar de sempre no país. 300 mil reservistas foram chamados para uma guerra que se prevê já longa e difícil.

À margem da guerra com o Hamas, Israel diz que anulou já esta segunda-feira outra tentativa de infiltração. Garante que abateu dois homens armados que tentaram entrar no país a partir do sul do Líbano. A ação foi reivindicada pela Jihad Islâmica.

Habitantes em abrigos

Em 28 povoações do norte de Israel há agora ordens para os habitantes permanecerem nos abrigos.

Por todo o país, o conflito com o Hamas provocou uma onda imediata de solidariedade. Milhares de israelitas mobilizaram-se para enviar comida e roupa para os civis desalojados e também para os militares mobilizados.

Nos principais hospitais, há filas para doar sangue. O último balanço oficial de três dias de guerra é de 900 israelitas mortos, quase 2.500 feridos e mais de 100 reféns levados pelo Hamas para a Faixa de Gaza.