Israel anunciou esta quarta-feira a criação de um governo de emergência nacional para fazer frente à guerra, iniciada no sábado depois de um ataque do grupo palestiniano Hamas, num momento político inesperado, como explica o correspondente da SIC no Médio Oriente, Henrique Cymerman.
“Os israelitas esqueceram todas as diferenças dos últimos dez meses, desde janeiro, quando havia centenas de milhares de pessoas na rua a protestar contra a política do governo no campo do Tribunal Supremo e, neste momento, estão todos a apresentar-se como reservistas”, explica o jornalista.
Este governo de emergência nacional nasce de uma ideia, que é a de “unir forças para dirigir esta guerra e, depois da guerra, veremos o que vai acontecer”, continua Henrique Cymerman, em direto de Telavive, em Israel.
“É possível que haja eleições antecipadas. Ninguém sabe bem o que pode vir a acontecer, mas o que todos têm a certeza é de que esta guerra é um dos momentos mais delicados, se não o mais delicado da história de Israel”, explica o correspondente da SIC, sublinhando que entre os israelitas a criação deste governo é vista com bons olhos, tendo presente que esta poderá ser uma guerra demorada.